quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Absurdo

Uma acusação de racismo foi parar na delegacia, na noite de quarta-feira, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O crime aconteceu no cinema do Shopping Downtown, quando a vítima, que trabalha como atendente, alega ter sido chamada de "negrinha" pela produtora Ana Cristina de Paiva, de 40 anos, que acabou presa. Ela vai responder pelo crime de injúria por preconceito racial, cuja pena pode chegar a três anos de prisão.

De cordo com a vítima, que preferiu não se identificar, e com testemunhas, a confusão começou quando Ana Cristina entregou o cartão de crédito para pagar por pipocas que havia comprado.

"O pagamento não foi autorizado. Eu informei e ela disse que eu é que não estava sabendo usar o equipamento. Eu disse, então, para que ela mesma tentasse, já que pensava que eu não sabia trabalhar. Ela ficou furiosa, quis passar para o lado de dentro do balcão para me bater e disse que eu era uma negrinha e que devia estar morando na Rocinha", contou a jovem.

Enquanto a produtora gritava e a balconista chorava, muitas pessoas ficaram indignadas com a cena. "Foi um absurdo o que aconteceu. A mulher ainda perguntou: "quer que eu a descreva como? Ela é negrinha da Rocinha mesmo, não é nenhuma princesinha da Barra." Espero que ela seja punida, porque a impunidade deixa a gente ainda mais indignado", contou o professor de inglês Davi Ferreira de Pinho, uma das quatro testemunhas que foram à 16ª DP (Barra) acompanhar a vítima.

"Eu vim aqui cumprir meu papel de cidadã. Nós iríamos assistir ao filme "O caçador de pipas", que fala sobre preconceito, e de repente acontece uma coisa dessas. Só de saber que essa mulher vai ficar presa, fico mais aliviada. Ela é uma criminosa. Não faz idéia do dano psicológico que pode causar a uma pessoa", disse outra testemunha, lembrando que a delegacia recebeu telefonemas para denunciar o caso.

Para a vítima, a sensação foi de constrangimento. "Não pensei que isso fosse acontecer comigo. Ela ameaçou me bater e disse que negrinha tem que morrer de trabalhar", lembrou.

O marido de Ana Cristina, que não teve o nome revelado, defendeu a mulher: "Chamar uma negrinha de negrinha e um crioulo de crioulo é crime? Como é que eu diferencio? Acho que isso é síndrome de novela", comentou. Já a advogada de Ana Cristina não quis comentar o caso.

Minha opinião:

Muito bem feito. Primeiramente, ela deveria saber da necessidade de ter educação, tratar bem as outras pessoas, pra ser bem tratada. Depois, deveria saber que racismo é crime, além de ser atitude de gente idiota, tapada, estúpida. E parabéns pra quem testemunhou.

To "braba", uai. Fiquei revoltada com a notícia.

Ah, a fonte é essa aqui.

1 comentários:

Osc@r Luiz disse...

É bem feito pra "Madame"!
Quando a vida não ensina, vem a lei!
É uma pena que tenha de aprender da maneira mais difícil.
Gostei muito do seu blog. Achei por caso lá no Stanislaw e vim conhecer.
Eu não gosto muito do termo "parceiro" por que dá a impressão de que vou linkar ao meu blog algo de que eu não gosto em troca de um link.
Mas independente disso, eu vou colocar o seu link na área vip dos links do "By Osc@r Luiz", mas por que eu gostei mesmo do que eu vi aqui, tá?
Fique à vontade para colocar ou não o meu aqui também, conforme preferir.
Prazer, Oscar!
Beijo!

 
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