segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Um país se faz de homens e livros

Texto copiado descaradamente do blog da jornalista Lorena Matuziro, com a devida autorização da mesma... :-)

Postei aqui, pq além de gostar, a tia Gi colocava uns textos sobre português e afins, né tia Gi???

Enfim, taí o texto, e estendo o convite ao blog da Lorena (que não é só mais rostinho bonito na redação do jornla), tem outros textos muito bons por lá...

Um país se faz de homens e livros


A Revista Veja desta semana trouxe um artigo da escritora Lya Luft sobre alfabetização no qual ela argumenta que o Brasil é um país de analfabetos. Ao longo do texto, a escritora mostra pontos positivos e negativos do País e o compara com a Europa. O Brasil é enaltecido em várias linhas do texto, mas ela lamenta o fato de grande parte da população ser analfabeta.

Creio que o pior não é o analfabetismo propriamente dito, constatado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mas, sim, o analfabetismo funcional, aquele em que a pessoa sabe ler e escrever, porém não compreende ou interpreta uma só linha do que leu ou escreveu.

Como bem exemplificado por Lya Luft em seu artigo: “alfabetizado não é aquele que assina seu nome, mas quem assina um documento que leu e compreendeu”. É triste imaginar que milhares de brasileiros lutam por um direito em que acreditam, porém nem mesmo sabem que esse direito a que acreditam ter acesso nem sequer existe.

Para ilustrar melhor, é triste saber que, agora, em épocas de eleições, muitas pessoas votam em políticos que prometeram fazer “X” ou “Y”, sem saber, no entanto, que esse “X” ou “Y” prometido não é de competência do cargo ao qual tal político concorre.

Por que o Brasil é um país de analfabetos? Porque a qualidade da educação é ruim? Sim, essa é uma das respostas. No entanto, antes da má qualidade de educação, há outro fator, que, na minha opinião, é preponderante: neste país, não se formam leitores. Não há prazer pela leitura, ler não é uma necessidade colocada à frente de várias outras.

Enquanto não houver essa mudança na educação básica, enquanto o livro não for um material acessível a todos, enquanto as pessoas não despertarem o gosto pela leitura, o Brasil continuará a ser um país de analfabetos.

O visionário Monteiro Lobato já afirmou que “um país é feito de homens e livros”. É isso o que falta para que sejamos uma nação equiparada às grandes. Não são meros números (Ideb) que vão indicar o quanto crescemos, mas, sim, o quanto conseguimos fazer com que se desenvolva o censo crítico nos cidadãos.

1 comentários:

Anônimo disse...

Excelente texto!

Ass: Gi

 
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